domingo, 22 de maio de 2011

be mine, just tonight

Sabe aqueles dias que você tem vontade de socar uma pessoa, que você acorda com o pé esquerdo e tudo te irrita?!Bem... Eu estava tendo um desses dias, mas no meu caso eu queria socar todas as pessoas, todas as pessoas que sorriam todos os namorados, todo aquele ar de amor no ar me dava nojo e ânsia de vomito, e tudo isso por conta de uma pessoa. Definitivamente eu odiava o dia dos namorados! Quando você perde seus pensamentos e um toque de pele com pele pode ser sua perdição!Cuidado garota o penhasco é logo ali!Você vai cair?! Era verão em Londres , e naquele ano em especial fazia muito calor mais calor do que nos outros anos dos quais eu podia me lembrar então a maioria dos alunos estava cabulando aulas para ficar perto do lago , as aulas preferidas passaram repentinamente a ser todas que eram ao ar livre . Mas como se Merlin quisesse testar minha capacidade de virar assassina , naquela manha eu só tive aulas de historia da magia dupla e poções dupla com nada mais nada menos que a Sonserina.Fala serio é ou não é irônico?! Então procurei ao maximo passar meu dia calada Emme parecia querer colaborar com aquilo já que também estava calada vez ou outra soltado apenas alguns suspiros em direção a Remus, eu não podia deixar de sorrir , eles dois estavam tão apaixonados , superando tudo , todos os pequenos problemas peludos....Mas do outro lado da sala eu podia ver a piriguete loira , rapariga , sirigaita , fácil , maçaneta, corrimão que  Rodophus costumava se divertir ate semana passada , ela sorria e mostrava para todos os garotos sem vergonha nenhuma o tamanho do decote dela!Bufei e voltei a anotar os ingredientes da poção que teríamos que preparar de dever de casa. Eu realmente estava concentrada naquilo quando ouvi a voz de Emme ao meu lado. - Vai furar o pergaminho sabia?!Eu acabei de anotar e levantei o olhar ate a loira ao meu lado que nem me olhava continuava admirando o maroto. – Eu falo serio Dorcs , não desconte sua raiva no pobre pergaminho! Ela se virou para me olhar .– Vá conversar com ele , ouvir a voz dele , se pegar com ele ou seja lá o que fazem mas tudo mundo esta comentado o quanto você esta mal  humorada! Hoje de manha achamos que ia matar o Peter apenas com um olhar!Ela riu delicadamente quando eu corei.- - Eu não tenho nada para falar com ele Meme!Quando ela ia responder ,a sineta tocou eu sorri marota fechando meu caderno!- Salva pelo gongo!Peguei minhas coisas e sai de lá rapidamente e desde então eu estou fugindo no jantar , na hora de voltar para o salão comunal em fugir do salão comunal para ao jardins onde eu estava agora.Sentada em baixo do grande carvalho onde eu e ele costumávamos nos ver quando não era tão importante assim eu ser Grifinoria.Apertei as mãos na grama e olhei em volta , uma leve brisa gelada veio do lago , raridade naquele calor todo eu sorri e soltei me apoiando na arvore. Se tudo tivesse sido diferente , se aquela guerra não existisse , se lados não tivessem que ser  escolhidos.Talvez eu tivesse um namorado...Talvez um amor de criança tivesse se realizado.
Chupa, respira, prende, morde e solta. - Safado... sem vergonha – Um grito, pequenino, contido e feminino escapara pelos lábios da garota de cabelos claros que se encontrava ali entre meu corpo e mais uma fração das paredes das masmorras. Loira; utilizando os termos adequados, peituda, de cintura fininha e uma bundinha que fazia questão de se mostrar nada flácida, logo, muito gostosa de se apertar... dentre tantas outras coisas que você possa imaginar. - Uhum... mais algum adjetivo? – A pele dela já estava vermelha em tantos pontos, que não sabia se ela conseguiria retirar todas as manchas com magia antes que a aula começasse. Unhas ardidas, fato: minhas costas já deveriam estar cheias de vãos vermelhos por conta delas. Mais uma mancha vermelha agora bem entre os seios, quando a sineta tocou. Era hora de ir para a aula. Um último beijo com direito a um sorriso nada confiável e que mascarava o desprezo antes de cada um seguir seu caminho. Cada um seguiria seu caminho. O dia era de FESTA!! Cada um escolhia seu par, se você tivesse peito par mostrar ou dar a cara a tapa, haveria de conseguir alguma garota para passar o dia. Carinho, afeição, no fim, tudo se resumia a um dia em que ou você iludia, ou era iludido (com exceção dos casais vinte). De manhã fora Silvia, a tarde Lauren e a noite... bem, haveria de me encontrar com quem? Verônica Yale. Moça bonita, cabelos ondulados, morena, sétimo ano, corvinal. Quem disse que não existe a miscigenação entre as casas? Passara o jantar inteiro sentindo os olhos dela em mim e confesso que por alguns momentos passei os meus por ela; mas convenhamos que com mulher, você tem de dar o tempo. Tempo para que? Que se sinta desejada, para que possa esconder de si que gostou de sentir assim e então, aí sim, encarar, mostre que tem pulso e finite. Consegue sentir a essência do destino, salpicando o seu dia açúcar e pimenta?! Abra seus olhos caro rapaz, assim, finalmente verás que o feitiço se virou contra àquele que o rogou, como praga que se volta ao homem que a despeja sobre a plantação alheia. Já estava terminando meu suco, quando passei os olhos pela porta do salão. Meadowes. O dia inteiro conseguia ver flashes dela; talvez se dessem por ela estar por perto, mas ela estava fazendo questão de não se aproximar, de se esvair feito areia. Um olhar e ela já não estava mais lá; até parecia que aparatava para qualquer canto do planeta em que minha presença não se fizesse real. Será que fizera tão mal? Está chegando per da resposta; já pode tocá-la. Agora respire e sinta ela entrando por cada poro de teu corpo - Amycus, conhece a Verônica? – Um copo batera o fundo na mesa e logo Carrow se voltou para mim com uma expressão quase imperceptivelmente intrigada. - Yale?! Se for ela, sim, por quê? – Mala no ombro, um dos bombons de embalagem de papel alumínio vermelho na mala e os nós dos dedos de uma das mãos na mesa. Sempre fazia o que os instintos mandavam e não era hora de me encontrar com a Corvinal, não era isso o que devia fazer. - Ia me encontrar com ela na trezentos e quatro, vá lá e diga que algo me fez mal e não pude ir... – - Ela está olhando... – Ao sentir os olhos dela no instante em que ele constatara essa condição e me olhara indiferente, lhe toquei o ombro com a mão livre e arqueei uma das sobrancelhas, na esperança que ele pudesse me fazer aquele favor... se fosse esperto ainda poderia se aproveitar dele. - Só vá lá, converse com ela e se quiser; faça o que quiser, está feito? Depois você me agradece – Recebendo um balançar de cabeça em negação, sorri de lado e saí daquele lugar. Sabia que tinha de encontrá-la, mas de fato, não fora fácil. Dez, quinze, vinte minutos... uma hora. Aja depressa para não perder a chance de fazer o dia de hoje realmente valer a pena. Nada daquela garota; não estava no salão comunal, nem nos corredores, nem se agarrando com ninguém em salas desprovidas de trancas. Foi quando um tanto fulo da cara, avistei um vulto, só, nos jardins. Poderia ser qualquer garota, feia e irritante demais para encontrar alguém com quem passar o dia, ou um guri, cheio de verdadeiros vulcões na cara e complexos sexuais graves. Besteira. Sentia que não era nenhuma das opções, nem 'a' nem 'b'. Será que consegue recolocar a areia do tempo outra vez na ampulheta? Será que ela não se esvaiu tanto que o tempo não é mais tempo e o tempo agora é mais curto que o tempo que tinha antes de perder o tempo?! Quanto mais me aproximava, mais a certeza crescia; mas não, não haveria de ser um menino de oito anos, apaixonado pela menina vizinha. Aquela era árvore minha e dela, como provavelmente fora de tantas outras pessoas, mas ali, o que importava era que não era de um só em minha realidade. Foi então que parei ao seu lado, com as mãos nos bolsos e os olhos no lago. - Não deveria estar sozinha -

I would have done everything for you

É engraçado como a vida te prega peças quando você menos espera, é engraçado como às vezes essas peças são algo que vão lhe fazer rir e lhe ensinar algo, ou às vezes elas simplesmente vem para colocar o dedo na ferida e te apontar o erro seguidas vezes ate você não agüentar mais de dor, o ar parecer não entrar mais dentro de você e aos poucos você cai no chão, olhos fechados mundo escuro, aquele seria o fim então?
Eu estava lá moscando feliz da vida contente com a brisa que vinha me refrescar cada vez mais, o cheiro da grama, o silencio do lugar, é fora uma boa escolha ficar sozinha, apesar de não ser do tipo que gosta disso, aquela noite eu precisava com certeza! Cheiro forte, cheiro de homem , misturado a cigarros, e um perfume único!Perfume que desperta lembranças, sentidos, sentimentos!As mãos segurando a grama apertaram ainda mais, ar entrando , ar saindo , eu estava respirando fundo ,aproveitando das loucuras da minha mente. Quem era eu afinal de contas para negar o que tanto minha mente queria , meu corpo implorava? E então como se um meteoro caísse na terra, e um raio passe pelo meu corpo a voz dele , eu podia ouvir , virei o rosto bem devagar o olhando de baixo para cima , parando ali no rosto dele , queixo bem definido , uma barba bem aparada , olhos escuros , olhos da perdição! Siga seus instintos , segure a mão dele , diga o quanto o ama , faça amor com ele pela noite toda...Essa pode ser sua ultima chance! E então é isso?Questões de ultimas chances? - Nem você !Devia estar com Amanda, Sylvia , Lauren.... – Um sorriso amarelo se formou em meus lábios , um sorriso machucado – Ou ate mesmo a insuportável piranha que você chama de noiva!Tudo que vai volta, lei da vida, lei da física se você bater vai apanhar de volta em algum momento ! Enquanto eu falava me coloquei de pé o olhava nos olhos , frente a frente, eu não deixaria ele saber jamais que eu ia enfraquecer, jamais que eu desistir , eu sabia quem era ele , eu era a única que sabia mais do que qualquer pessoa naquela escola , do qualquer um no mundo todo quem era ele!  
lovers know each other very well, but are lovers of this because nobody else will know them this way

Boca cheia de formigas; era isso que um dia ela haveria de ter. Não media as malditas palavras, sempre tão impulsiva quando queria se desligar do que lhe tomava os pulsos com ferros. Talvez devesse ser assim também; dizer aquilo que está dentro da garganta, arranhando, implorando para sair... ou será que simplesmente não tenho o que deixar ir? Será que o problema não é o fato de tamanho comodismo e despreocupação não me assolarem as idéias, acabando por deixar meu corpo e espírito em paz? Sabes que é mentira; sabes que deseja aquela que há de ser sua esposa; sabes que será orgulhoso somente até o momento em que ela quiser te usar. Sabes que se isto acontecer, há de usá-la também, como puro objeto de satisfação. Mas a pior das mentiras é aquela que está alí, escondida, marcada, guardada e entranhada em cada canto de teu corpo, de tuas veias... de teu coração. Sim, você também sabe que ainda o tens, sabe que não és feito somente dos extremos; gelo e fogo. Tem alguém que te faz equilibrar o espírito; como bendita manhã de sol, num dia frio. Conforme ela se levantava, mais e mais sentia vontade de simplesmente tomá-la ali, lábios contra lábios e acabar de vez com aquele dia, aquela noite em especial. Meu lado que só sabia pensar da cintura para baixo por uma fração de segundo foi mais forte, por um segundo a visão dela ali, sentada. Depois me olhando com aqueles malditos olhos expressivos até a alma; só queria que abrisse a boca e me recebesse... mas como disse; esse lado foi mais forte por uma fração de tempo. Apesar de sentir o impacto daquelas palavras como água de lago congelado no corpo aquecido por lareira contínua, simplesmente respirei fundo sentindo o ar, carregado com cada sílaba. O dia fora quente, mas senti a garganta arranhar e uma breve dificuldade em engolir a saliva que um dia ainda haveria de evoluir para fel. - Realmente, deveria estar é com Yale agora, mas sabe de uma coisa? – Se estava ali, era por algum motivo, motivo este forte suficiente para me fazer repensar algumas escolhas, guardar numa caixa alguns preconceitos e simplesmente querer tê-la como minha, num mundo paralelo fora daquele lugar em que convivíamos, dia após dia, como meros protagonistas de uma história, um mero conto de um grande livro repleto de imagens, figuras, roteiros; vidas que muitas vezes se esbarravam; histórias que se contextualizavam, todas elas, pertencentes a livros que formavam uma enciclopédia fantástica... nós éramos uma pequena parte dela, apesar de que minhas convicções sempre tão atreladas a uma tradição forte me fizessem querer muitas vezes fazer parte de um novo conto. Aceitas o que sentes, ao menos para ti Foi aí então que me aproximei dela. No rosto uma expressão indefinida; talvez seriedade, um pouco de desprezo; mas este último era puro e direcionado a mim, que não tinha coragem de dizer nada daquilo que pensava sobre ela, minha única exceção na vida; a única que realmente me tirava o sono por pura filosofia de vida. - Faz muito tempo é que estou procurando por você. Quero você Meadowes... preciso de você hoje... Dorcas – As mãos ainda estavam nos bolsos, mas o rosto estava tão próximo ao dela. Apesar de a noite cobrir nossas cabeças, a luz da lua me ajudava a ver cada detalhe daquele rosto de pele macia. Respiração quente, ela sempre tinha e somente aquilo já me aquecia e completava ainda mais a mente e o corpo.

O que é um coração quebrado?As pessoas vivem falando que estão com o coração quebrado porque seus amores fizeram algo indigno ou foram rejeitadas, mas o coração não é mais forte?Quando você diz eu te amo, não é porque isso é maior que tudo?Pode superar tudo? Um coração quebrado não pode ser superado?Não pode ser superado se o amor for mesmo amor?! Se o amor for tão ruim , porque nos é ensinado que temos que amar?Porque sonhamos com isso desde pequenos?Porque nos os sangue puro , famílias que nos amam , dizem que precisamos casar e amar nossos maridos ou esposas , se no fim tudo que teremos é um coração quebrado? Porque no fim nos queremos aquele amor de livro , simples , puro , que pode superar tudo , nos queremos ser tão nobres quanto a heroína do livro , tão fortes e superar tudo sempre confiante de que nosso amado ficara conosco , mas fora do livro também é assim?Eu posso confiar que no fim ira escolher a mim? Lá estava eu então frente a frente , perdida naqueles olhos , hipnotizada pelo modo como ele me olhava , ele me olhava naquele momento não apenas por não ter ninguém ao redor , porque eu podia sentir ele vendo não só meu corpo mais minha alma , meus pensamentos , tudo que ele queria.... Porque quando se é jovem a vontade de viver ultrapassa tudo , nada pode nos atingir nos vamos correr de mãos dadas ate o fim do arco iris essa noite , e quando o sol nascer , vamos acordar em camas separadas sorrindo , quando olhar pro lado é ela que vai ver ao seu lado , mas é por mim que seu coração vai estar batendo! - Realmente, deveria estar é com Yale agora, mas sabe de uma coisa?A vontade de lhe bater a face quando ele falou tomou conta de mim por um segundo , e eu fechei as mãos em punhos , como ele havia de dizer na minha frente?Sendo que quando estava comigo me fazia mil jurar de amor?!Ele as fazia para a Yale também? Dei um passo involuntário para trás me mantendo ainda calada , o ar parecia pesado de novo , já era difícil respirar por conta daquele maldito calor , mas naquela hora parecia impossível! - Faz muito tempo é que estou procurando por você. Quero você Meadowes... preciso de você hoje... Dorcas! Ele precisava de mim , um misto de emoções tomou conta de todo o meu corpo eu queria correr dali chorar, gritar , sorrir , ficar triste , o que ele queria dizer com aquilo?Era bom?Era bom como eu pensava?Eu deveria tocar o rosto dele, tão próximo do meu?Eu queria tocar o rosto dele, o beijar todo, e por fim lhe beijar os lábios e sentir toda aquela sensação de borboletas por todo meu corpo. Cadê sua coragem?Cadê sua vontade de provar de tudo?De quebrar a cara e tentar de novo?Onde esta?Isso tudo é medo de ter um coração quebrado de novo?Ter medo não é pecado , ter medo não é ser uma pessoa pior... Ou será que era algo ruim?Que ele precisava de mim essa noite por puro e simples desejo?Isso me fez sentir uma pontada no coração , ele era o único cara com quem eu estivesse junto desde a minha primeira vez , eu ainda podia recordar de nos juntos aos meus 14 anos , tudo tão lindo , tão mágico....Porque?Porque as coisas tiveram que mudar? - Como eu posso saber se é verdade?Não era uma pergunta que revelava algum dos meus pensamentos , mas também não era precisa ele poderia responder o que quizesse, e daí...Bem daí eu pararia naquele dele , ou não. Não nunca foi opção quando se tratava dele , jovem apaixonada , jovem alegre, jovem cheia de energia , ensine ao seu amor a como sorrir...Ele esta se perdendo na escuridão!Segure a minha mão , eu vou estar do seu lado sempre...

Um péssimo costume. Dizer para toda e qualquer mulher, o que sentia que podia, deveria e tinha de dizer somente para uma. Nós tínhamos tudo; mas por que admitir isto? Pura besteira, contudo, não precisava ter muros em volta de mim mesmo naquele instante. Acho que poderia me deixar ser despreocupado em relação à ela como fora desde pequeno, até alguns anos atrás, quando alguns empecilhos do acaso, ou daqueles que nos moldaram para escolher um caminho quase certo; já trilhado por mãos as vezes daqueles que nos indicaram as pedras, ou dos que obedeciam e sustentavam nosso próprio ser desde que nascemos. Então que assim fosse, ao menos naquele recorte do dia haveria de ser puramente sincero com meu próprio ego. Era ela a garota de que sentia vontade de permanecer na cama, de vê-la novamente pela manhã; era ela que sentia vontade de tocar a pele como se fosse uma Deusa, pura e simples todas as vezes que nos encontrávamos. Era com ela que sentia vontade de ir até o inferno e ao céu; ela era o motivo pelo qual ainda me sentia uma criança a procura de novos sabores e gostos, um adolescente tentando descobrir onde se encaixar na vida do outro e na própria. Era a única mulher que nunca haveria de enjoar; era a única que de alguma forma sempre me traria uma surpresa, onde apesar de conhecê-la tão bem... conseguia no fim das contas me surpreender, com um ato tão conhecido. Não podia mais fugir disso, então, agora tudo está admitido. O que foi isto em seu coração? Essa posição passiva; sem nenhuma barreira? Queres morrer de joelhos em sua frente? Pois não leves o nome de teu pai junto de ti, criança inconsequente. Em meio aquela declaração muda do que sentia por ela, só o que consegui fazer foi continuar ali, à observá-la, com o cenho franzido; agora definitivamente sério. Tudo parecia tão mais leve agora em meus ombros que pude respirar de forma tranquila. Medo? Estava dentro daquele castelo; não fora. Passei a língua pelos lábios e então levei ambas as mãos até seus cabelos e afundei meus dedos neles, lhe trazendo a boca praticamente de encosto à minha, me livrando de qualquer momento que havia tido com outra garota durante o dia. Eu não poderia lhe dizer tudo o que se passara naquele tempo em que simplesmente fiquei calado, lhe olhando o rosto como se fosse algo curioso, então lhe disse o que cada canto de meu corpo pediu para ser dito; sim, talvez eu tivesse sim o que tirar da garganta. - Você não precisa saber se é verdade... só precisa sentir que é, como eu sinto – Por um momento até mesmo para ela baixei a guarda e me dei ao luxo de lhe beijar o rosto de forma demorada, sem de fato ter segundas intenções naquele ato, só sentia que devia fazê-la sentir especial naquele fim de noite, ela merecia, eu não, mas mesmo assim, não tinha receio algum de aproveitar para ser ao menos um pouco feliz com ela, ou tentar lhe proporcionar o que já deveria ter sido oferecido à ela em bandeja de prata, servida de rubis, esmeraldas e diamantes.